Honorável Doutor Raimundo de Souza Kayam.
Honorável pensador Brasileiro, Teólogo, Naturapeuta e Escritor, Natural de Santa Barbara – Ba, nascido em 31 de agosto de 1950, na Fazenda Ouro Branco, filho de D. Santa Souza Lima, falecida em 21 de agosto de 1987. Pai de quatro filhos Heleni, Adaniram, Deysinere e Valgleyvsom. Seu verdadeiro nome é Raimundo de Souza Kayam.
Souza Kayam teve cinco irmãos por parte de mãe, com os quais dividiu a infância aos 4 anos, e dezessete por parte do pai que só veio conhecê-los depois dos seus 23 anos. Seu pai o rejeitou antes do seu nascimento e sua mãe o abandonou aos 5 anos de idade. Ele teve tudo para se tornar um marginal e até treinamento específicos recebeu nas ruas de Salvador, ao completar 11 anos, e, no entanto escolheu ser um vencedor.
SUA INFÂNCIA
O termo mais apropriado seria: Infância sofrida. Souza Kayam não teve nem conheceu amor nem carinho de seus pais. Ao completar 12 anos costumava dizer que ele tinha sido gerado de um espirro. Ao nascer, sua mãe saia para trabalhar na agricultura, deixava debaixo de uma árvore aos cuidados do vento e mosquitos. Seu choro não a importava; ela tinha que terminar sua tarefa e não havia outro meio. Não tinha com quem pudesse deixar o filho; o único sob sua guarda.
Ao completar 4 anos conheceu outros irmãos todos doados à pessoas diferentes, e com eles uma vez por outra teve oportunidade de brincar. Aos 5 anos, sua mãe saia para trabalhar na roça e ele ficava em casa tomando conta da panela, com feijão puro, para não deixar queimar, nem deixar o fogo de lenha se apagar. Se algo saísse errado era castigado com vara sem nenhuma piedade.
Um fato que mais lhe chamou atenção foi numa certa manhã, em um pequeno tanque na FAZENDA Ouro Branco, quando ele tomava banho, como se ali fosse o seu paraíso. Sua mãe lhe chamou e ele permaneceu na água. Ela chegou com a vara e bateu com toda força, varias vezes. Nas costas molhadas. Ao sair recebeu outras até chegar em casa.
Naquela época era normal os pais espancar os filhos e ainda recebiam elogios. Normalmente, depois de surrado todo o corpo era banhado com água e sal. Por muitos dias as marcas ficavam visíveis. O pior de tudo era que os filhos, mesmo depois de espancados, ficavam de castigos e a cobrança e vigilância aumentavam. Os coitados, ainda que não fizesse alguma coisa, por um bom tempo, ainda estariam sob severa vigilância. Para se ter uma noção obre a criação dos anos de 1950, aos cincos anos Souza Kayam quase que apanhou do seu tio, solteiro, só porque o flagrou jogando caroço de ilho na noiva. Para o tio, o garoto lhe faltou com respeito, porque os dois namoravam assim: os pais da moça ficavam um em uma extremidade da sala e os dois jovens na outra, de frente para o outro. Não se falavam. Quando os pais cochilavam, eles aproveitavam para namorar jogando caroço de milho ou feijão, até o dia que foram vistos.
A única coisa boa que lhe aconteceu durante a infância foi quando esteve pela primeira vez no centro da cidade de Santa Bárbara, ao cair da tarde, entre 17 e 17:30 horas. Ele teve a oportunidade de contemplar um funcionário da prefeitura andar na única rua acendendo as candinheiros, que meses depois foram substituídas por lampiões movidas a carbureto e mais tarde a querosene.
Encantado pela nobre função do moco, Souza Kayam pediu sua mãe para voltar na noite seguinte, mas ela lhe prometeu levar pela manhã para ver como eram apagadas. Ela cumpriu com a palavra. Como se pode notar, na cidade não havia outra atração e aquilo seria uma grande novidade para ele.
Poucos meses depois, ainda aos cincos anos de idade, sua mãe teve que sair de Ouro Branco, Santa Bárbara, para tentar sobreviver em Salvador-BA, e ele foi doado pra uma senhora conhecida, na época, por santa Burrega. Sua mãe tinha dito que retornaria em 2 semanas para o levar com ela, mas nunca mais voltou. 3 meses depois ele foi entregue a um vaqueiro, solteiro, sem casa própria, sem parentes e sem amigos, mas que vivia honestamente, Seu nome era Horácio. O vaqueiro estava acostumado a lidar com o gado, sua linguagem era tosca e o garoto foi crescendo e morando de fazenda em fazenda, sempre em casebre no meio do mato, sem nenhum vizinho por perto. A residência mais próxima era do administrador a uns 2km de distância. Dos cinco aos 10 anos Souza Kayam ficava em casa sozinho e era ele quem cozinhava e lavava as vasilhas. Quando o vaqueiro chegava, entrava em todas os vãos da casa, que se resumiam em 2 quartos e uma sala, para ter certeza que tudo estava bem e se o menino não havia feito alguma coisa errada. Qualquer erro cometido não tinha perdão.
REVOLTAS
Se achando sozinho, sem parente, sem vizinho e sem amigo, morando no meio do mato sem acesso a civilização, Souza Kayam foi dominado por um sentimento de revolta tão grande que o vaqueiro lhe espancava com engaço de nicurí, o qual doía muito mais que cinturão, chibatadas e palmatória. Algumas vezes chegou a fazer necessidades fisiológicas na roupa durante a sessão de tortura. Outras vezes ele era liberado para fazer o número 1 e o número 2 e quando terminava, a tortura recomeçava.
Um certo dia o vaqueiro lhe chamou e disse que havia encontrado seu pai e que iria lhe entregar. Ele já não suportava a revolta da criança e teve medo de cometer um assassinato. Para o infeliz menino aquela noticia seria a melhor coisa que lhe poderia acontecer. Só que sua alegria durou pouco. Foi morar com o pai e só ficou com ele 3 meses. Seu próprio pai não quis que ele vivesse com os outros filhos. A violência, o ódio, rancor e instinto de vingança corriam no sangue do pequeno abandonado.
Por falar em pequeno abandonado, ele, depois de adulto escreveu um poema com esse título, o qual chegou a ser declarado em vários estados do Brasil, mas não foi publicado em marcas poéticas e filosóficas, sua primeira obra. Depois de encontrar D. Santa, a mãe biológica do menino, o pai entregou sem nenhum remoço e a mãe o recebeu sem fazer boa recepção. As únicas palavras que saíram de seus lábios foram: - Cadê a benção, moleque! Tem vergonha não?
Isso depois de 5 longos anos de espera e sofrimento. Foi tudo o que ouviu. Quanto ao seu pai, ao sair falou em tom um tanto duvidoso: - Negrinho, toma juízo! Cadê a benção?
Ao morar com a mãe Souza Kayam passou a enfrentar alguns problemas. Na companhia do vaqueiro era espancado mas não passava fome, e durante o dia ninguém lhe vigiava. Na casa de sua mãe, foi espancado pelo padrasto, não tinha o que comer e tinha que carregar água na cabeça para a mãe lavar roupas de ganho. Por duas vezes caiu no caminho de tanta fraqueza. Era magro e não tinha força para ao vento forte, pois o mesmo lhe derrubava.
Isso aconteceu 15 anos depois da 2ª segunda guerra mundial. O mundo todo ainda sofria consequências, e com o Brasil não foi diferente. Ignorância, fome e miséria era o que existia. A mãe de Souza Kayam não era a mais pobre, ela se dava ao luxo de comprar por semana 1 quilo de feijão, 4 de farinha 1 quilo de fato ou de vez em quando 1 quilo de carne, para ela , o marido e 4 filhos passar a semana, as vezes o marido comprava meio quilo de açúcar e 200 ramas de café. O restante do dinheiro ele gastava com bebida alcoólica. Bebia tanto que urinava na calça constantemente, 1 quilo de carne para 6 pessoas passar a semana era o mesmo que não ter nada. Sua mãe dizia que a carne era pra cheirar e guardar, cabia mais ou menos166 gramas para cada, ou 23 gramas por dia.
Seu padrasto era ébrio, sua mãe também bebia e as vezes se embriagava e Souza Kayam aprendeu a beber aos 11 anos de idade, quando foi trabalhar em um bar como ajudante. Aos 12 anos já tomava 1 litro de Dréia sozinho, em apenas 1 hora. Urinava na cama de 3 a 4 vezes por semana, por se encontrar embriagado, e no seu quarto ninguém suportava entrar, mesmo assim permaneceu com o emprego em troca de comida por 2 anos.
Ao retornar para casa sua mãe mais uma vez lhe entregou para uma família desconhecida com cara de santa, mas que de santa na tinha nada. Lá com 13 anos sem estudar, trabalhou novamente em troca de comida e foi obrigado a fazer tarefas não compatíveis a sua idade nem a sua índole. Constantemente era humilhado e só comia isolado depois que todos terminavam. Ali ele fazia todos serviços degradantes sem ter direito a reclamar. Se fizesse mal feito ficava de castigo e sem alimentação. Kayam desejava ser como os garotos de sua idade e não tinha chance. Ninguém lhe dava liberdade para brincar, passear ou praticar esportes.
Um dia casualmente, sua mãe foi fazer uma visita a família; o menino encostou ao seu lado e pediu para voltar com ela. Ela não lhe deu ouvidos e depois que saiu ele foi surrado. Uns 15 dias depois ela retornou ele disse a ela:
__Se eu não for com a senhora eu vou fugir. Ela o levou o consigo.
VIDA ESCOLAR
A primeira vez que Souza Kayam entrou em uma sala de aula estava com 11 anos e mesmo assim ficou por 2 anos. Nesse período ele aprendeu o ABC, a cartilha 1 e 2 que hoje seriam o alfabetização.
Apesar das marcas indeléveis seu coração pedia para ser um vencedor e foi assim que ele conseguiu aprender ler e escrever antes da primeira série do curso primário, que hoje é conhecido por ensino fundamental.
Fora do horário de aula ele ajudava sua mãe e sempre fugia de seus afazeres para ir a casa de um senhor de idade por nome Américo, onde tirava suas duvidas. O Américo era conhecido como: O velho filosofo e com ele toda comunidade buscava o conhecimento. A noite Souza Kayam era liberado, mas pelo dia, cada vez que ia era castigado. Não fosse as visitas proibidas em busca doo saber, não teria historia pra contar.
A primeira escola pública a frequentar foi a Escola Municipal Sargento Camargo, no bairro de São Caetano Salvador-Ba, a qual foi demolida por falta de visão do poder Público. Na ocasião, algumas escolas foram fechadas e demolidas para construção de casas particulares. A prefeitura vendeu os terrenos onde as escoltas funcionavam alegando que não tinha professores.
Dos 15 aos 18 anos teve o privilegio de estudar e se deliciar com as literaturas. A poesia romance e contos faziam parte da metodologia do ensino e Souza Kayam tornou-se o 2º melhor aluno da sua classe e o mais protegido da sua professora Stela Pataro de Souza. Ela colocou sua biblioteca a disposição dele para fazer toda e qualquer pesquisa extra escolar.
A professora alegava que precisava de ajuda para carregar os livros e sempre escolhia o Kayam. MS, na verdade, ela queria que ele se tornasse um grande homem e ela conseguiu. Ele, ao terminar a 3ª série primaria (fundamental) já sabia responder as seguintes questões: por que o céu é azul? Por que as estrelas cintilam? Por que a água não é incolor? De onde vem o calor do sol? E a diferença entre RNA e DNA e dava show em citologia.
VIDA ACADÊMICA
Souza Kayam é um dos brasileiros colecionadores de títulos e diplomas, tanto na área teológica quanto a área da saúde, conforme podemos ver a seguir
1 – Licenciado em teologia pelo extinto Seminário Teológico Batista Bereano, Salvador BA, em 28 de dezembro de 1977, aos 27 anos de idade.
2 – Bacharel em Teologia pelo Seminário Batista do Norte do Brasil, Recife-PE, em 25 de novembro de 1983, aos 33 anos de idade.
3 – Mestrado em Teologia pela Faculdade Peniel, Recife-Pe, em 23 de Dezembro de 1993, com média 10 em todas as disciplinas, aos 44 anos de idade.
4 – Doutor em divindade com especialização Teológica, pela Academia Brasileira de Teologia e Cultura Grega, Socorre-Se, em 29 de Maio de 2014, aos 63 anos.
5 – Doutorado em Teologia Exegética com especialização em Língua Grega, pelo Centro de Estudos e Formação Teológica de Sergipe, Cristinápolis-Se em 29 de Novembro de 2014, aos 64 anos de idade.
6 – Extensão em Ficoterapia pela Universidade Federal de Sergipe, em 24 de Novembro de 2014, aos 64 anos.
7 – Honorável Membro Imortal da Academia Superior.
VIDA POÉTICA
Estando ainda cursando a 2ª serie aos 16 anos de idade, a professora Stela Pataro de Souza pediu a classe para escrever uma redação sob o tema: se eu fosse um passarinho. No dia seguinte todos foram chamados para fazer as suas apresentações e entregar seus trabalhos. A redação de Souza Kayam foi tão boa que a professora recusou alegando que ele havia copiado. A mestra lhe deu outro tema.
Escreva então, disse ela: “Eu sou um passarinho, em dez linhas”. Se fizer errado lhe darei zero e lhe colocarei de castigo para nunca mais usar de má fé.
Depois de entregar a redação no dia seguinte, Souza Kayam, entregou também outra poesia com o mesmo tema, e mais uma vez a professora não acreditou. Disse que a redação estava ótima, mas a poesia era uma cópia. A poesia dizia assim:
Eu sou um passarinho
Do mais belo que há
Vivo no meu ninho
A cantar e a trabalhar
Com o meu canto mui triste
Qualquer um pode me ouvir
Mas sou um pássaro sem sorte
Pra isso foi que nasci.
Trabalho sem ter orgulho
Não peço nada a ninguém
Só preciso ser livre
É isso que me convém
Ao ouvir as palavras negativas e acusatórias da professora, ele sorriu e perguntou se ela permitia ele declamar uma com o nome dela. Ela autorizou e ele naquele instante escreveu:
Professora Stela eu gostaria
De um dia me apaixonar
Pelos teus lindos olhos
Que tanto me fazem pensar
Mas, por causa da idade.
Não podes me querer
Meu coração palpita
Amar também é sofrer.
Ao terminar foi à frente e declamou diante de toda classe. Uma colega pediu para escrever uma para ela e ele sem escrever respondeu:
Estes olhos teus meninas
Esta menina tem olhos
Os olhos desta menina
São as meninas dos meus olhos.
A professora lhe pediu desculpas, elogiou o seu talento e apartir daquele dia ele passou a ser o numero da classe e receber aulas particulares.
VIDA TEOLÓGICA
Depois de pesquisar sobre 27 tipos de teologias enquanto fazia o curso de doutorado em divindade, Souza Kayam teve acesso a varias linhas de pensamentos teológicos e filosóficos e ao concluir já estava com uma tese em teologia exegética, a qual ele chama de TEOLOGIA RACIONAL PROGRESSISTA, na qual conta com um bom numero de seguidores eminentes, dentre eles: Mestrados e Doutorandos em teologia.
Todos os seus discípulos demonstram um apreço especial e juntos desenvolvem temas teológicas passadas pelo seu mestre. Ele, por sua vez, como pensador tem participado de seminários, palestras exposições, alem das aulas oferecidas sobre: Bibliografia, angeologia, cantares de Salomão, teologia sistemática, tratados escatológicas, Cristologia e outros temas, todos ligados a teologia da inerência, transformadas em apostila e livros de pesquisas em algumas instituições teológicas, dentre elas o Centro de Ensino e Formação Teológica de Sergipe e Academia Brasileira de Teologia e Cultura Grega.
OS PRIMEIROS DISCIPULOS
Os primeiros discípulos e herdeiros da Cultura Teológica Proposta por Souza Kayam são:
1 – Dr. Wedson Maranata Ferreira dos Santos, reitor do Centro de Estudos e Formação Teológica do Estado de Sergipe e 1º secretário da Academia Superior...
2 – Professor e Psicopedagogo Edmilson de Assis Correia.
3 – Pastor e Fitateraupeuta José de Carvalho, vice-presidente do Conselho Regional do Estado de Sergipe.
4 – Professora Gelva Maria Silva de Santana
5 – Professora Maria José
SUAS OBRAS
Em seus escritos e filosóficas Souza Kayam desafia a mente humana, especialmente no livro Marcas Poéticas e Filosóficas, editado em 2002. O poema Encontra-te a te Mesmo serviço como tema de debate cultural na Universidade Tiradentes por uma semana nas turmas de Filosofia, Direito e História. Somente uma aluna conseguiu desvendar o pensamento do autor.
A galinha do dente amarelo, uma literatura de cordel publicação online 2016.
Em suas obras: de Pensador para Pensador e de Amigos para Amigos muitos intelectuais sentem dificuldades para captar a mensagem, apesar de ficarem fascinados com os textos. Isso se dá porque o leitor espera uma conclusão e sempre surge uma surpresa agradável.
No romance Dom Farrapo, ainda não publicado, a leitura é proibida para gestante e hipertenso. O próprio autor teve problemas emotivos e até chorou quando fez a correção.
A partir de 2018 deverão sair as seguintes publicações:
1 – Série Filosóficas para
2 – Série Teologia Inércia
3 – Série Aconselhamento
4 – Série Literária
CONVERSÃO ORDENAÇÃO E PERSEGUIÇÃO
VIDA SOCIAL
1 – Foi cabo e concursando a 3º sargento do Corpo de Bombeiro de Salvador – Ba. Quando faltavam 11 dias para receber a promoção de sargento pediu baixa e viajou para a cidade do Recife-Pe, para cursar o bacharelado em Teologia. Veja vida acadêmica.
2 – Honorável membro imortal de da Academia Superior de Pensadores.
3 – Coordenador dos cursos de mestrado e doutorado da Academia Brasileira de Teologia e Cultura Grega.
4 – Escritor, Teólogo e Romancista
5 – Professor de grego neo testamentário
6 – Compositor de vários hinos em grego (Kuini).
7 – Supervisor dos cursos oferecidos pelo Centro de Estudos e Formação Teológica do Estado de Sergipe.
VIDA PROFISSIONAL
Seu primeiro emprego foi como auxiliar de escritório da Oficina Tudônibus, em Salvador/Ba, de 1º de Setembro de 1970 a 11 de Março 1972. Saiu para entrar no Corpo de Bombeiros por concurso Publico, na qual foi promovido a 11ª classe por bravura com 1 ano e 8 meses de farda.
4 anos depois fez o curso de cabo eletricista, sem entender de eletricidade foi o 1º colocado. No ano seguinte fez concurso para sargento. Quando faltavam 11 dias para receber a promoção pediu baixa e saiu com 3 elogios em sua ficha por bravura.
Foi técnico em concertos de fogão em Salvador e em Recife, cuja profissão l lhe rendia mais ou menos 7 salários em 20 dias de atividades.
OS AMIGOS SECRETOS ABENÇOADOS
1 – Dr. Monte Negro de Minas Gerais, pagou todas as despesas do curso de Bacharel em teologia por 5 anos. Souza Kayam nunca o conheceu.
2 – Um outro anônimo pagou os alugueis do apartamento e as contas de luz.
3 – Um outro grupo de amigos secretos, mobilizado pelo pastor Munguba Sobrinho, não deixou faltar alimentação por 5 anos. Só pra Souza Kayam não abandonar os estudos.
4 – No mês da Formatura, Souza Kayam foi homenageado pela Igreja Batista em Mustardinha, a qual lhe deu um palito, 3 gravatas, 1 sapato e uma camisa para a solenidade.
5 – Um grupo de irmão americano da cidade de Amerilo enviou roupas para as duas solenidades de formatura para sua esposa. Ela usou uma pela manha e outra pela noite. Nenhum formando esteve tão elegante do que ele e sua esposa foram o alvo de grande admiração. Os amigos secretos caprichavam no visual do formando e sua família.
O admiram, o 2º filho, foi apadrinhado por uma família, a qual fez questão de dar um banho de loja.
DEPOIMENTOS
1 - Dr. Gerson Vilas Boas, Pastor da Igreja Batista Betel e Diretor do Seminário Superior de Teologia e Missões.
2 – Dr. Ednaldo Jose de Santana, Pastor da Igreja Batista – Marcos Freire III
3 – Dr. Wedson Maranata Ferreira dos Santos, Reitor....
4 – Dep. Estadual Pr. Antonio dos Santos, Se.
5 – Comendador José Francisco Santos, Presidente da OPES
6 – Enfermeira Simone Leite, Presidente do Movimento Popular de Saúde – Se.
CONVERSÃO, ORDENAÇAO E PESEGUIÇÕES.
Souza Kayam se converteu ao Evangelho em 10 de Julho de 1969, na igreja Batista da Redenção, no bairro Pau da Lima, Salvador/Ba, e foi ordenado ao Ministério Pastoral pela Igreja Batista Calvário, Salgadinho/PE, em 13 e Setembro d 1980.
Antes de se converter Souza Kayam morava na casa de sua irmã, a qual lhe dera abrigo porque ele tinha sido expulso da casa de sua mãe por esmurrar o padrasto.
Sua Irma não ficou feliz com a mudança d vida de seu irmão e na mesma semana o expulsou de casa. Ele saiu somente com a roupa do corpo e uma passagem de ida sem retorno.
A primeira porta que abriu para ele ficar foi em um convento de freira, mas ao terceiro dia as freiras expulsaram-no por preconceito religioso. Como ele não tinha para onde ir, elas o permitiram passar uns dias em uma construção, sem cama, sem lençol e sem direito alimentação. Souza Kayam passou 60 dias se alimentando com quiabo cru e fubá de milho vencido, o qual seria para jogar no lixo.
Ao findar os 60 dias uma freira o intimou dizendo que ele deveria desocupar o local. Ele saiu mais uma vez sem destino e dentro do coletivo conheceu um irmão que o convidou para morar com ele e sua família por tempo indeterminado.
A esposa do irmão lhe recebeu com alegria e com o mesmo carinho de serpente. No dia seguinte a irmã saiu para trabalhar e ela expulsou o visitante. Só que ele esperou o dono da casa chegar para agradecer e se despedir. Na hora a mulher serpentuosa e peçonhenta interviu e disse que ele podia ficar o tempo que fosse preciso e ela e seus filhos ficaram honrados com a sua presença.
No dia seguinte ela mudou o discurso e pegou um cabo de vassoura e o ameaçou dizendo que ele deveria ir embora de sua casa... Ele saiu. O dono da casa foi a sua procura, os dois conversaram mas Souza Kayam não contou a verdadeira razão de sua saída.
Um casal crente já havia lançado o convite um dia antes, porque conhecia a mulher. Kayam aceitou e cm eles passou 1 ano. No dia que se despediu houve choros, mas ele retornou para casa de sua mãe.
A mãe de Souza Kayam era católica e rezadeira. Ao chegar ela ditou as normas da casa: não cantar hinos da igreja; não orar em voz alta; não falar sobre a bíblia e nem mexer nas imagens. Um dia ele esbofeteou por que ele estava cantando um hino em voz baixa. Mesmo sem poder exercer a sua fé na casa materna ele só saiu depois que se casou com D. Teresa Machado Barbosa, a mãe de seus três primeiros filhos, com a qual se divorciou 14 anos depois, por sua própria culpa. Ele ainda vivia a sombra do passado.
A Galinha do Dente Amarelo
Autor: Raimundo de Souza Kayam
Contando ninguém acredita
Os fatos que vou narrar
Galinha com dente Amarelo
Quem foi quer já ouviu falar?
Pois, eu afirmo que têm
E posso provar também
Tudo que vou contar.
Galinha com dente amarelo
Alguém até sugeriu
Ao tentar justificar
Quando a notícia surgiu:
Um dente que fora jogado
No terreiro encontrado
Uma penosa engoliu.
Mas não é nada disso
O fato é diferente.
O caso que vou narrar
É muito mais atraente
Pois vou bater o martelo
Galinha com dente amarelo
Irá nos deixar contente.
Já criei galinha com dente
Posso dar explicação
Até saiu nos jornais
Também na televisão.
Tem gente que nunca viu
Mas na TV assistiu
Pra sua admiração.
Quem duvidar destes versos
Grande surpresa terá
Depois de ler esta obra
Já poderá confirmar:
É vivendo e aprendendo;
Vou continuar escrevendo
Até o galo cantar.
Há muito ouvi dizer
Até com muita precisão
Que galinha não tem dente
E nem toca percussão.
Com toda sinceridade
Pergunto em nome da verdade
Está certo? Sim ou Não?
O meu vizinho perguntou
Se eu estava me referindo
A alguém que não tem pudor
Que nasce e morre traindo
Respondi: Não tenho pena!
Lá dentro da Geena
Seus dentes ficarão caindo.
Este mesmo cidadão
Mim chamou de mentiroso
Alegando que meus versos
Eram casos de trancoso
Mas levei no meu quintal
Ele quase passou mal
E o caso ficou ditoso.
Se eu faltar com a verdade
O leitor faltará também.
Depois de ler esta obra
Irá nos dizer que tem
Galinha com dente amarelo
A verdade é meu cutelo
Sem desfazer de ninguém.
Meu outro vizinho falou
E tive que concordar
Que existe homem galinha
E cachorro em todo lugar.
Pula cerca do vizinho,
Se fazendo coitadinho
Ou cansado de trabalhar.
É do tipo de galinha
Que não serve pra tempero;
É cachorro, indecente,
Cafajeste e aventureiro,
Descendente de Caim,
Secretário do coisa ruim,
Amante do desespero.
Antes de falar da galinha
Quero falar da mulher
Às vezes mal entendida
E violentada até
Pois é vítima do sistema
Nem mesmo a corte suprema
Sabe o que ela quer.
Muita gente enaltece
A figura da mulher
Se for bela e carinhosa
Com o homem faz o que quer.
Do contrário a coitada
Fica velha e acabada
A espera de um Zé Mané.
Toda mulher nasce bonita
Espero fazer menção
Só peço que me perdoe
Por esta minha sugestão:
Algumas não tem beleza
Mas toda a sua nobreza
Surgem do coração.
Tem mulher muito bonita
Com o corpo de violão
Outras bonitas nem tanto
E ainda chamam atenção
Só pelo jeito de ser
Amar pra elas é viver
Não gostam de solidão.
Tem mulher que topa tudo:
Sapo, cobra, elefante;
Outras são mais discretas
Com pensamentos distantes
Pra dar vida a vaidade
Com toda sagacidade
Derruba até um gigante.
Tem homens que não respeitam
A dignidade do lar
Nem o sagrado matrimônio
Mentindo pensam em ficar.
Ficam sem Deus, sem Jesus;
Tem miolo de avestruz
O resto nem vou falar.
Ficam com uma e com outra
Com Maria e com Joana,
Procópia, Juvença e Vanuzia,
Tiburcia e Salustiana,
Trifena, Trifosa e Trifusa,
Raquel e Sebastiana.
Ainda faltam Andréia,
Andreza e Guilhermina,
Uinsterfânia e Miuca,
Abelarda e francilina,
Clemilda, Celi e Mungica,
Joquebede, Dorca e Francisca,
Alda, Josilda e Josefina.
Cada dia fica com uma
Mas não fala em casamento.
Amor não tem pra dar;
Tem instinto de jumento
Ou burro de carroça;
Homem assim merece uma coça
Deixo aqui meu testamento.
Toda mulher que se presa
Nunca se deixa vencer
Com as vans filosofias
Do amor livre e do prazer.
Só destranca o coração
Quando surge um cidadão
Que faz o seu corpo tremer.
Quero deixar meu apreço
A toda mulher virtuosa
Viuva, casada ou solteira
Mas com a vida garbosa.
Cada uma vale o que tem
Importa fazer o bem
A vida é maravilhosa.
Deixemos o homem galinha
Também a mulher perua
São seres muito distintos
Que passam a noite na rua
Tem lares mas não aparecem
Quando chegam se aborrecem
A verdade é nua e crua.
Existem homens descentes
Românticos e cavalheiros
Alguns são bem casados
Outros ainda solteiros
Dignos de confiança
Vivendo na esperança
Como dizem os cancioneiros.
Falemos da tal galinha
Que tive no meu terreiro
Da qual o galo apanhava
Pra todo o seu desespero
Esta com pena e com asa
Entrava e saia de casa
Quando descia do poleiro.
Esta galinha valente
No terreiro era respeitada
Batia no galo e nas frangas
Enfrentava qualquer parada.
Admirava seu instinto
Era ruim e sem pinto
E ainda era paparicada.
O galo certa manhã
Com ela ele foi cruzar
Ela deu uma rabanada
Ele tentou se esquivar
Ela o pegou de jeito
Não existe galo perfeito
Só resta outro eu comprar.
Seis bicadas bem fortes
O galo não pode evitar
O resto da galinhada
Ali parou de ciscar
O galo reteu o canto
Perdeu todo seu encanto
Também parou de cantar.
Cocoricó, Cocoricó
Assim a galinha cantou
Em posição de batalha
O seu pescoço empinou
O galo baixou a crista
Diante da galinha fascista
Nunca mais o levantou.
O cão que estava perto
Na mesma hora correu;
O gato ficou assombrado
Distante a ema gemeu;
A galinha ciscou o chão
Até meu pobre leitão
Nesse dia não comeu.
Toda galinha com dente
É como mulher com bigode
Com tudo logo se irrita
Como bomba se explode.
Com medo também fiquei
Nesse dia trabalhei
Somente amarrando o bode.
Com a fúria da galinha
A terra estremeceu
A vaca deu um mungido
A sua cria perdeu
O padre que estava comendo
Da mesa saiu correndo
Nem sei se ele se benzeu.
O prefeito da cidade
Na hora pediu clemencia
Ao burro que ia passando
Ele o chamou vossa excelência.
Ficou mui doido varrido
No quarto dia corrido
Recuperou a consciência.
O delegado Ortogildo
Chamou o corpo de bombeiros,
A polícia militar,
O corpo de fuzileiro
Pra dar toda proteção
A vida dos cidadãos
Sendo ele o primeiro.
Chamou o veterinário
Que estava de plantão
Ele disse: lá não vou!
A bicha parece o cão.
Saiu com a calça molhada
Ao tentar descer a escada
Sem querer sujou a mão.
Enquanto isso a galinha
Arisca como um castor
Passeava pelo terreiro
Com mais nada se importou.
Parecia uma aquarela
Mas só foi por causa dela
Que toda cidade parou.
O leito esclarecido
Já deve está percebendo:
Se a galinha tinha dente
Por que não saiu mordendo?
Teve gana em bicar
Quando deveria abocanhar
Esclarecer tudo pretendo.
Grande fato como este
É muito bom se esclarecer
Mas esta nobre questão
Em breve todos irão saber
Pra não duvidar do autor
Nem tão pouco do editor
Nem da arte de escrever.
Galinha dos ovos de ouro
Há muito ouvi falar
É pura imaginação
Não vale apena acreditar;
Porém a galinha que tive
Qualquer um bom detetive
Pode testificar.
Galinha do dente amarelo
Foi manchete em jornal
Muitos ainda não viram
Este fato fenomenal
A maioria discorda
A ciência já concorda
Dizendo que é normal.
Certa manhã muito cedo
Eu estava atarefado
Com muita coisa pra fazer
já estava apoquentado
Quando vi algo diferente
Confesso não ficar contente
Fiquei mui perplexado.
Uma galinha com dente
Eis o X da questão.
Vou deixar de rodeios
Preciso sua atenção
Depois de esclarecido
Ficarei agradecido
Se o leitor me der razão.
É como diz o ditado:
Quem bate também apanha!
Jacaré nada de costa
Em rio que tem piranha.
Não vou enganar o leitor
Com a caneta o escritor
Nada perde, tudo ganha.
Quem dera eu ser um sábio
Pra muita ciência aprender
Com os mistérios da natura
Estudar e entender;
Mas por ser um iletrado
Pelos doutos censurado
Por gostar de escrever.
Já sabemos que a galinha
É fato comprobatório
Só falta entrar em detalhes
Pra evitar interrogatórios.
No meio de críticos vivi;
Escrevo só o que vi;
Assino até em cartório.
Eu disse que provaria
Estou quase conseguindo
Para que o nobre leitor
Não pense que estou mentindo.
A galinha não morreu
Tudo isso aconteceu
Paciência, estou pedindo.
A galinha do dente amarelo
Já está dando o que falar.
Ver uma galinha com dente
É difícil acreditar.
Deixarei meu veredito
Por tudo que está sendo escrito
Pra ninguém desconfiar.
Afirmo que nunca vi
Um animal sorridente;
Cachorro tocar viola
Ou pandeiro como gente;
Nem vaca pular em galhos
Digo e não me atrapalho:
Já vi galinha com dente.
Não é coisa do outro mundo
Nem tão pouco aberração
Galinha sempre é galinha
Com ou sem exceção.
Grande, pequena ou média
Segundo a enciclopédia
É ave de estimação.
Agora vamos falar
Sobre o corpo de bombeiros,
Da força policial,
Do corpo de fuzileiro;
Também chamou atenção
O exército de prontidão
Com todos os seus guerrilheiros.
Depois de passar revista
Eu vi soldados tremer.
Uns derrubando os fuzis
E outros querendo correr.
Vi a galinha ciscando,
Como se estivesse dançando
Como um caxinguelê.
Só depois da confusão
Todos foram pra os quarteis
De soldados a sargento,
De tenente a coronéis
A cidade ficou deserta
A minha pena é correta
Não escrevo em roda pés.
Digo e volto a dizer:
Mentiroso é que não sou.
Sou aquele que escreve
Somente o que se passou.
Posso não ser inteligente
Mas sei que galinha com dente
Fato notório se tornou.
A notícia se espalhou
Por quase toda região
Rádio e jornais chegaram
Também a televisão;
Fotografaram a galinha
Filmaram até a tardezinha
Ninguém passou do portão.
Também fui fotografado
Filmado com minha mulher
Não sei por que tudo aquilo
Cada um sabe o que quer.
Queriam ver a galinha
Com o dente que ela tinha
Estavam todos de pé.
Veja, amigo leitor
Se estou com minha razão!
Galinha com dente amarelo
Não é imaginação.
Lei o final desta obra
Pois tenho tempo de sobra
Pra sua satisfação.
Ao falar sobre o assunto
Conhecido me tornei
Como o homem cheio da grana
Logo, logo me transformei;
Galinha com dente dá renda.
Procure pelas fazendas
Sobre tudo que contei.
Pra mim pagaram cachê
Em torno de um milhão;
Três carros novos ganhei
E passagem de avião;
Por ser feliz no casamento
Recebi um apartamento
E uma bela mansão.
Ganhei roupas e calçados,
Ganhei cartão sem limites;
Recebi duas comendas
Acompanhadas de convites
Quem viu testemunhou,
Teve gente que não gostou;
Inveja também existe.
Na hora eu dei um pulo
A minha cama quebrou.
Por volta da meia noite
Todo mundo se acordou;
Do sono me despertei
De tudo quanto ganhei
Comigo nada ficou.
O sonho que um dia tive
Eu acabei de contar.
Na certa galinha com dente
Voce há de encontrar.
Contei tudo sem omitir
Cumpri o que prometi;
Não é defeito sonhar.
Espero que o leitor
De mim não tire a razão.
Aqui mostrei que sabia;
Fui nobre de coração
Sem ter consciência pesada,
Com alma pura e lavada
Sem medo de maldição.
Mentira tem perna curta
A verdade é meu lema;
Verdade há em meus versos
Sem fazer nenhum esquema;
Em onça bato com a mão;
Touro faço lamber o chão
Mas com leitor não crio problemas.
No papel eu faço verso
Não gosto de gorrogogó.
Nunca vi rasto de cobra
Nem onça de uma perna só;
Esperteza não me anima
Mas jogo a água pra cima
Antes de cair dou o nó.
Há fatos que acontecem
E podemos pegar e ver;
Outros são absurdos
Não vale apena escrever;
Tem gente que se engana
Com fábulas que são profanas
A exemplo de ouvi dizer.
Cobra que fuma caximbo
É difícil acreditar;
Minhoca gemer com dor
Também nunca ouvi falar;
Mas sobre o que contei
Em nenhum livro encontrei
Mas volto a perguntar:
Galinha com dente existe?
Me responda sim ou não;
E galo bater pandeiro
Lhe causa admiração?
Pra mim nada é demais.
No verso tudo é capaz
Muito vale a criação.
Galinha que toca viola
Eu acredito que tem;
Galo bater pandeiro
É bem provável que também;
Mas esta é outra estória
Só toco minha cericória
No tempo que me convém.
Pra quem gostou desta obra
Ficará recordação;
Agradeço a gentileza
E a preciosa atenção
Pois em nome da verdade
Narrei com simplicidade
Quem quer que acredite ou não.
Meu nome é Souza Kayam
Acredite se puder
Só guardo minhas moedas
Na boca de jacaré.
É mais seguro que no banco
Sem taxas e ainda tranco
Aquele que pisar no meu pé.
Souza Kayam, aos 65 anos.